Epidemiologia da violência contra adolescentes no Brasil: Análise de dados do sistema de vigilância de violência e acidentes

  • María Esther Salazar López Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0953-3204
  • Graciele Linch Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8802-9574
  • Adriana Aparecida Paz Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1932-2144
  • Lupe Vidal Valenzuela Universidad Peruana Cayetano Heredia. Lima, Perú.
  • Daniela Centenaro Levandowski Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6338-7287
  • Helena Maria Tannhauser Barros Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0779-7732

Resumen

Objetivo: Descrever as características da violência contra adolescentes notificados a partir do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes/VIVA, no Brasil. Material e métodos: Estudo descritivo, com dados do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes/VIVA, Brasil, no período de 2009 a 2016. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, raça, local de ocorrência, vinculo do agressor com a vítima e suspeita de uso de álcool nos casos de violência física, psicológica/moral e sexual. Utilizou-se estatística descritiva e o teste de tendência de proporções no STATA. Resultados: A taxa de prevalência da violência física na faixa de 15-19 anos alcançou 104,4 por 100 000 casos, e a prevalência da violência sexual na faixa de 10-14 anos foi de 38,5 por 100 000 casos. A violência sexual alcançou nas meninas a prevalência de 52,0 por 100 000 casos, enquanto que, nos meninos, de 4,5 por 100 000 casos. Houve tendência crescente significativa de violência física na faixa de 15-19, e de violência sexual na faixa de 10-14 anos. Ambos tipos de violência atingiram as raças parda e indígena, acontecendo na residência da vítima, sendo o agressor o namorado. No caso de violência sexual, cresceu a suspeita de uso de álcool pelo agressor. A variação percentual na violência física e psicológica aumentou em mais de 400%. Conclusões: Houve aumento de todos os tipos de violência nestes oito anos. Foram mais frequentes as notificações de violência física e sexual, atingindo principalmente as meninas, na residência, sendo o amigo/conhecido ou namorado da vítima os principais agressores.

Publicado
2021-07-19
Cómo citar
1.
Salazar López ME, Linch G, Paz AA, Vidal Valenzuela L, Centenaro Levandowski D, Barros HMT. Epidemiologia da violência contra adolescentes no Brasil: Análise de dados do sistema de vigilância de violência e acidentes. Revista Médica Herediana [Internet]. 19jul.2021 [citado 1dic.2024];32(2):79-0. Available from: http://667514.soboomhongkong.tech/index.php/RMH/article/view/3981
Sección
INVESTIGACION ORIGINAL